Percebe-se que Dany Wambire não está apenas à busca de um modo de dizer: ele tem já uma raiz que é sua, um traço estilístico que define a sua identidade. Estes contos são um mergulho nesse outro mundo que não aceitamos ver mas que é nosso e que traduz a nossa diversidade de povo. Há nestes textos uma lógica marginal mas que quer ser parte da correnteza do rio e as personagens, aparentemente estranhas das suas histórias, apenas espelham a realidade plural do nosso quotidiano.Está de parabéns Dany Wambire pela sua persistência, pelo caminho que está sulcando num chão de criatividade que terá, não tarda, a marca inteira e exclusiva da sua autoria. – Mia Couto